O Lobão já foi alguém que eu admirei e não admiro mais, Porém, as coisas que ele fez que eu admirei, eu ainda admiro. Lobão é um cara sensível e guerreiro, que cometeu o equivoco de colecionar rancores ao longo de sua honrosa história de batalhas. O rancor ocupa muito espaço de processamento cerebral e gera loops de feedforward que fazem o cérebro ficar reverberando a ativação de circuitos dedicados à agressão e ao planejamento do mau. Isso ocupa tempo e espaço da maquinaria cerebral. A raiva devorou a inteligência e a sensibilidade do Lobão. Infelizmente, Lobão esqueceu a força dos corações psicodélicos na amargura das noites solitárias de chuva lá fora. Ser diferente é difícil, sentir frio e manter a ternura, não é fácil. Mas pode ser feito. Infelizmente, coragem prá nadar contra a corrente é uma atitude desgastante, mas não é pretexto para aposentá-la e garantir a penção com essa postura ridícula de Rei Momo desnutrido deste carnaval venal de sandices neo-retrógradas que tomou conta da mídia e de boa parte da juventude brasileira.
Renato Malcher é Mestre em Biologia Molecular pela Universidade de Brasilia, doutor (Ph.D) em Neurociências pela Universidade Tulane (New Orleans, EUA), Fez Pós-Doutorado em Neurofisiologia Celular na Escola Politécnica de Lausanne- Suiça e em Bioquímica Analítica, na EMBRAPA. É professor adjunto do Departamento de Fisiologia da Universidade de Brasília e primeiro autor do livro "Maconha, Cérebro e Saúde" escrito em colaboração com Sidarta Ribeiro.
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