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domingo, 30 de março de 2014

Empresa do Ramo da Cannabis Medicinal lança plataforma de vendas de Network Marketing

Uma empresa americana chamada Kannaway  lança a mais nova plataforma de marketing de Multinivel como modalidade de vendas com o pré-cadastro liberado e que em  96 horas atingiu 10.000 cadastros . Isso mesmo , 10.000 mil cadastros foram realizados em tempo record demostrando o potencial do mercado medicinal da Cannabis .  A empresa no momento está apenas pré- cadastrando novos membros mas já dispõe alguns produtos em que o membro pode adquirir como o Balsamo CBD , o vaporizador Hempvap e Shampoo  , a empresa deseja iniciar sua rede dia 20 de abril ( 4/20)  . A empresa pretende expandir internacionalmente mas neste instante so é possível se cadastrar ( efetivamente) como um membro , comprando alguns dos 3 produtos disponíveis com entrega apenas nos EUA. Então brasileiro que quiser entrar como membro vai ter que mandar seu produto pra alguém nos EUA .  vale a pena !

 Visite e se cadastre aqui

quarta-feira, 19 de março de 2014

Regulamentação da Maconha é uma luta contra a descriminação ou contra a escravidão?

Se observarmos a cultura que herdamos dos tempos da escravidão ela ainda permeia em diversos setores da nossa sociedade.  Segundo Luísa Gonçalves Saad em sua dissertação "Fumo de negro” a criminalização da maconha no Brasil esteve associada à criminalização das práticas culturais de seus usuários, como foi o caso dos cultos afro-brasileiros como o candomblé , e constituía, assim, um dos empecilhos à modernização e ao progresso, uma vez que seus usuários tenderiam a adquirir comportamentos violentos, imorais ou insanos. E isso até hoje não mudou .
    Como reza a lenda , a história se repete, e ninguém hoje em dia está interessado em saber se Israel usa maconha nos hospitais , asilos; Ou se maconha cura o câncer de Charllote Web ou de Maria Antonia. Até que um dia ela seja vitimada com uma enfermidade e venha a ser curada ou atenuada com os efeitos dessa planta. Somente ai, a pessoa muda de opinião.  Foi assim que os negros conquistaram os brancos, com sua cultura avançada enraizada nos costumes naturais, místicos e humildes que curava até o ataque epiletico do Patrão ou curava o enjôo da Sinhá.



Na cabeça da maioria dos Brasileiros o estimulo ao debate é apologia as drogas. Esse pensamento é devido a 2 gerações antes da nossa que carregaram e transmitiram o mesmo espirito de escravatura , de que estamos falado de algo mal , estimulando a violência , imoral e sendo considerados como loucos ! 

Por isso não vemos políticos debaterem nem abraçarem a bandeira da legalização afinal não dá voto ficar com a minoria , é imoral e vão dizer que o politico ficou louco!  

Foi ai que eu percebi que a regulamentação e legalização da Cannabis realmente pode trazer uma mudança drástica em nossa cultura , rompendo com paradigma da escravatura onde o Senhor Feudal teve que libertar seus escravos que antes eram oprimidos , maltratados e enjaulados nas senzalas e queriam apenas cultuar suas musicas , cultura religiosas e fumar sua Gambia ! 

Estamos nos libertando das grades do sistema escravocrata de outrora.  Não estamos lutando para liberação de droga nem para a regulamentação de uma plantinha.  A luta é de  escravos contra senhores, barões , a burguesia que associada a lideres religiosos mantinham as praticas mais desumanas que a historia pôde registrar.  Nossa luta é contra um sistema que nem aceitava direitos das mulheres, com direito a voto, muito menos que um negro pudesse ser dono de seu destino. 

Graças a Rodrigues Dória e Cesare Lombroso, médico e professor universitário considerado os fundadores da Escola Positiva de direito penal, um dos maiores responsáveis pelo proibicionismo da maconha em uma de suas opiniões sobre o voto feminino repercutindo mal entre as ativistas feminina da época fizeram Dória revê suas posição;
  “fizeram-me arrefecer na minha opinião, parecendo-me que, ou por defeito de organização e temperamento, ou por deficiencia de educação, ainda não attingiram a superioridade intellectual e moral para o exercicio das funcções politicas”. O “defeito de organização e temperamento” a que Dória se refere diz respeito à disposição biológica feminina, interpretada pelos autores da época como inferior a do homem, deixando- a mais fragilizada e suscetível a ataques histéricos, por exemplo. O objetivo principal deles era a manutenção da moral, da família e da saúde dos “homens de bem” relegando tudo que fosse contra essa ideologia como algo do mal e inferior!

Mas é essa a mesma ideia que vemos hoje, não obstante dos ideias escravocratas, descriminatorios, fundamentalistas de antigamente. Observe os argumentos dos opositores de agora  são os mesmo argumentos do passado, sem nenhum embasamento cientifico, mas somente, baseado na cultura do medo, da moralidade , da família e da saúde dos Homens "de bem ". 


  Então o que precisamos para mudar a mente dos nossos senadores , deputados e opositores ? Talvez lembra-los que a abolição foi proclamada , que as mulheres ja podem votar , que os negros são uma cultura forte e que nosso pais é um pais pobre e não podemos viver em uma cultura escravocata proibicionista porque apenas não é mais o caminho.   O caminho é da permisibilidade , da convivência entre opostos, da tolerância entre classes e raças e do controle estatal das ações dos indivíduos, mas nunca, das escolhas desses indivíduos; Afinal, cada um escolhe a cultura que quer, o remédio que convier , o parceiro que escolher , o time que desejar. E por ultimo, jamais devemos desistir de lutar, pois se eles conseguiram uma abolição no Brasil depois de tanta luta, tantas mortes  é chegada a hora de uma SEGUNDA abolição que será agora proclamada com a regulamentação da Má(conha) ou seria melhor dizer Boaconha? 
Viva ao abolição dos balaiados Maconheiros 

 Cassiano Gomes
Estudante de Direito - Ativista da regulamentação da Cannabis!

sexta-feira, 14 de março de 2014

Reféns do bolsonarismo: artigo no professor Conrado Hübner Mendes no Estado de São Paulo

Reféns do bolsonarismo: artigo no professor Conrado Hübner Mendes no Estado de São Paulo

ONRADO HÜBNER MENDES - O Estado de S.Paulo O Brasil tem assistido a surtos agudos de primitivismo político. O fenômeno não é de direita nem de esquerda, não é de oposição nem de situação, não é conservador nem progressista. Merece outro adjetivo porque não aceita, por princípio, a política democrática e as regras do jogo constitucional. Esforça-se em corroê-las o tanto quanto pode. Não está disposto a discutir ideias e propostas à luz de fatos e evidências, mas a desqualificar sumariamente a integridade do seu adversário (e, assim, escapar do ônus de discutir propostas e fatos). Cheio de convicções, é surdo a outros pontos de vista e alérgico ao debate. Não argumenta, agride. Dúvidas seriam sinais de fraqueza, e o primitivo quer ser tudo menos um fraco. Suas incertezas ficam enrustidas no fundo da alma. Há muitos exemplos desse surto. Aos interessados num curso relâmpago sobre essa patologia, serve qualquer entrevista de um folclórico deputado do PP que há pouco mobilizou o seu partido para pleitear, sem sucesso, a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (ver YouTube). Ao ser perguntado sobre os seus projetos para o cargo, dispara: "A minoria tem de se calar e se curvar à maioria!". E continua: "Não podemos estimular crianças a serem homossexuais". Para ele, "não somos nós que temos de respeitar homossexual, eles é que têm de me respeitar". "Vagabundos", pondera ainda, deveriam "pagar por seus pecados". Por isso, os presídios brasileiros seriam "uma maravilha" e o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde alguns presos foram decapitados semanas atrás, "a única coisa boa do Maranhão". Dessa amostra se pode deduzir o que pensa o deputado sobre tantos outros temas. Ele sabe para quem está falando e por qual breviário deve rezar para se eleger. Suas frases de efeito imoral são combustível para toda sorte de recalque homofóbico, sexista, racista, elitista, policialesco, enfim, para todo o arsenal de recursos opressores estocados na cultura brasileira. A filosofia da discriminação dá voto. Invocada com raiva e fé, ainda elege e reelege. O parlamentar do PP é a expressão mais caricata, se não repugnante, do primitivismo. Fosse apenas um lembrete pedagógico de um país que um dia existiu, ou representasse só um reduto de filhos bastardos da ditadura, não causaria maior dor de cabeça. Mas quando notamos que ele é somente a versão mais antipática de um Brasil que ainda nos espreita da esquina, ou de uma mentalidade que continua a se manifestar nos jornais, na família e no trabalho, é sinal de que o confronto não pode ser evitado. Há muito em risco para ficar em silêncio. Onde erra o bolsonarismo? Essa não é uma pergunta retórica. A resposta, afinal, nem sempre está na ponta da língua daqueles que rejeitam, por instinto ou convicção, essa visão de mundo. Construir uma resposta robusta, por todos os ângulos possíveis, é um esforço indispensável para deixar claro o que está em jogo. Incomodam ao bolsonarismo os padrões de decência política, os direitos fundamentais e os compromissos de mudança social pactuados pela Constituição de 1988. Esse pacto constitucional, entretanto, é um ponto de partida inegociável e não está aberto a reconsideração. Se pensa que nem todos merecem direitos, não entendeu bem o que são direitos. Fala em direitos, mas pensa em privilégios. Se quer ser um servo da maioria, não aprendeu bem o que é democracia, mas definiu perfeitamente a tirania. Se acha que a parada gay deve ser respondida com a marcha dos heterossexuais, não entendeu nada mesmo. Que o seu repertório de ideias fixas constitui uma brutalidade moral e uma aberração jurídica, isso não é mais novidade. Antes disso, porém, trata-se de um monumento de desonestidade intelectual. Ignora as abundantes provas sobre a motivação homofóbica de centenas de crimes de ódio anualmente praticados por todo Brasil. Ignora a relação causal, já demonstrada por tantos pesquisadores nacionais e estrangeiros, entre o encarceramento em massa e o agravamento da violência. Prisões brasileiras há muito não cumprem suas funções publicamente anunciadas - prevenção, dissuasão, ressocialização. Poucos se dão conta, contudo, de que prisões cumprem perigosas funções extraoficiais, e elas invariavelmente agradam ao primitivo: o incentivo à demagogia, a repressão da pobreza, o endurecimento da violência estatal. Isso já é saber convencional nas ciências sociais, mas a política mostra-se impermeável a essas velhas constatações. Um dos desafios para a sobrevivência da democracia é alijar as ideias que atacam a sua própria condição de existência. E como alijá-las sem suprimir a liberdade de expressão? Há pelo menos dois caminhos complementares. Primeiro, pela construção e manutenção de uma esfera pública vigilante que defenda e rotinize práticas democráticas, algo que depende da educação política praticada por escolas, jornais, instituições culturais, organizações não governamentais (ONGs), etc. Práticas que seriam facilitadas, por exemplo, pela multiplicação de espaços públicos nas cidades, onde se possa conviver com a diferença e apreciar a pluralidade brasileira. Segundo, por meio de líderes que não se acuem diante da baixa política, que tenham coragem de arriscar seus cargos em defesa de certos princípios e tenham grandeza para fazer alianças com aqueles que, mesmo adversários, compartilham esses princípios. Quando o medo da derrota eleitoral sequestra essas lideranças, que em silêncio desidratam seus projetos de implementação de direitos e promoção da igualdade, o alarme passa a tocar. PROFESSOR DE DIREITO CONSTITUCIONAL DA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, É DOUTOR EM DIREITO PELA UNIVERSIDADE DE EDIMBURGO (ESCÓCIA) E DOUTOR EM CIÊNCIA POLÍTICA PELA USP

Fonte: Jornalista Toncá Burity