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terça-feira, 29 de abril de 2014

Qual é a Diferença entre Maconha e Cânhamo?

A diferença está no seu uso . O Cânhamo e a maconha ambos vêm da mesma planta - Cannabis Sativa . O termo ' Hemp ' geralmente se refere ao uso industrial e comercial do caule da cannabis e da semente para fabricação têxteil, alimentos , papéis, produtos de higiene corporal , detergentes, plásticos e materiais de construção. O termo "marijuana" se refere ao uso medicinal, recreativo ou espiritual que envolve o fumo de flores de cannabis . O cânhamo industrial contém apenas cerca de 0,3% - 1,5 % de THC ( Tetrahydrocannabinoids , os ingredientes inebriantes que fazem você ficar "chapado" ), enquanto a maconha contém cerca de 5% - 10% ou mais de THC . A fibra de cânhamo é a mais longa , mais forte e mais durável de todas as fibras naturais. O cultivo de cânhamo não requer produtos químicos, pesticidas ou herbicidas. Crescido em rotação com outras culturas, como milho e legumes, o cultivo de cânhamo é completamente sustentável. O cânhamo produz quatro vezes mais fibra por acre do que pinheiros e pode ser reciclado até sete vezes , em comparação com três vezes para papéis baseados em celulose de pinus . O cânhamo é fácil de crescer, em de solo mais ampla. A semente e o óleo de sementes são ricas em proteínas, ácidos gordos e aminoácidos essenciais , e vitaminas . O cânhamo seria uma fonte ideal de biomassa para combustível e o Etanol do cânhamo queima muito mais limpo.
O uso de cânhamo na humanidade data de mais de 10.000 anos. O cânhamo foi a nossa primeira colheita agrícola dos EUA e manteve-se a maior cultura indústrial e mais importante do planeta até o final do século passado. Na maior parte do mundo não-ocidental nunca parou de crescer o cânhamo, e hoje cânhamo para uso comercial é cultivado principalmente pela China , Hungria , Inglaterra, Canadá , Austrália, França , Itália, Espanha , Holanda, Alemanha , Polónia, Roménia , Rússia, Ucrânia , Índia e toda a Ásia.

Diferenças entre o cânhamo industrial e maconha?


   O cânhamo industrial é uma variedade da cannabis sativa que tem uma longa história de uso nos Estados Unidos .

No entanto, desde a década de 1950 englobaram o cânhamo na mesma categoria de marijuana, e, portanto, apesar de extremamente versátil , foi condenado nos Estados Unidos. O cânhamo industrial é tecnicamente a mesma espécie de planta que a maconha psicoativa. No entanto, é a partir de uma variedade diferente, ou subespécie que contém muitas diferenças importantes. As principais diferenças entre o cânhamo industrial e marijuana vou detalhar pra vocês.

   O cânhamo industrial tem baixos níveis de THC em relação a maconha cultivada especificamente para uso psicoativo pessoal. Considerando também que a maconha pode ser fumada, elas geralmente contém entre cinco e 15% por cento de THC, o cânhamo industrial contém cerca de um décimo. O propósito de obter um efeito psíquico com essa espécie, seria necessário fumar de dez ou doze cigarros de cânhamo ao longo de um período muito curto de tempo .
A razão para o baixo teor de THC do cânhamo é que a maioria THC é formado em glândulas de resina sobre as flores da planta de cannabis fêmea. O cânhamo industrial não é cultivada para a produção de flores, e, portanto, não tem o principal componente que forma a chapação da maconha. Além disso , o cânhamo industrial tem altas concentrações de uma substância química chamada canabidiol (CBD ), que tem um efeito contrário sobre THC e diminui seus efeitos psicoativos quando fumada em conjunto .

   Comparado a cannabis sativa indica, cannabis sativa sativa (variedade de cânhamo industrial ) tem uma fibra muito mais forte. Esta fibra pode ser utilizada em diversos produto desde corda a papel. A fibra de maconha tem uma baixa resistência à tração e vai quebrar ou rasgar facilmente , tornando-se uma planta fibrosa pobre quando comparado com o cânhamo industrial.

   O cânhamo industrial também cresce de forma diferente da maconha. O cânhamo cresce não para florescer, porque o foco não está na produção de flores , mas na produção de comprimento do caule. Desta forma, o cânhamo é uma cultura muito semelhante ao do bambu. O talo contém a fibra e é duro, com um núcleo do caule de madeira resistente que pode ser utilizado para uma variedade de fins , inclusive carpintaria. Geralmente, plantas de maconha produtoras de THC são cultivadas a uma média de cinco metros de altura. O cânhamo industrial, por outro lado cresce a uma altura de dez a quinze metros antes da colheita. Além disso, é bastante difícil de cultivar maconha escondido dentro de culturas de cânhamo industrial. Já que o cânhamo industrial é cultivado bem juntos e geralmente é uma cultura de crescimento vertical muito estreito , qualquer  maconha rica em THC iria ficar sem sol e seu crescimento exigiria uma grande quantidade de espaço para si , a fim de obter a luz solar adequada  além das concorrentes plantas de cânhamo industrial.

   Os dois diferem também nas áreas que podem ser cultivados de forma eficaz . A marijuana , produtoras de THC , devem ser cultivadas em ambientes quentes e úmidos, geralmente , a fim de produzir a quantidade desejada de Trictomes  contendo THC. No entanto, uma vez que o cânhamo industrial não contêm estas flores, e as partes da planta resistentes são as mais desejadas, ele pode ser cultivado numa gama mais ampla de zonas. Geralmente, o cânhamo industrial cresce melhor em campos que proporcionem rendimentos elevados como a cultura do milho, o que inclui a maior parte do Sudoeste , Sudeste e Nordeste do Brasil. Além disso, como o cânhamo industrial pode usar plantas masculinas, bem como plantas femininas ( já que o objeto não é a produção de THC ), resultando numa maior produtividade das culturas.

O cânhamo tem pouco potencial para a produção de alto teor de THC, e são polinizadas por membros de sua própria cultura, então a genética permanecerá semelhante com baixos níveis de THC .

Teria que colocar várias plantas de maconha nas imediações em mais de uma ordem e várias gerações para alterar substancialmente da descendência genética .

   Uma vez que existem tantas diferenças entre o cânhamo industrial e maconha de alto THC , parece fazer sentido incentivar essa cultura, ao invés de demonizar. Embora tecnicamente o cânhamo não é ilegal de crescer , exige a obtenção de uma autorização especial da ANVISA. Essas licenças são raramente dadas e exigem que a colheita tenha uma regulamentação que a própria ANVISA vem se omitindo. Tudo isso para uma cultura que tem pouco ou nenhum potencial para levar as pessoas de alta , a atitude atual é tanto irresponsável e draconiana .

Outro grande equivoco é que a pasta ( extrato ) de CBD que está sendo importado da HempmedsPX é feito de Cânhamo e muito se tem confundido achando que é da maconha como é o Caso do Extrato que o Rick Simpson difundiu ( Rick Simpson Oil - RSO). Ao contrario a Empresa criou o ( Real Scientific OIL- RSO ) e ninguém vai conseguir uma concentração de 21 % de CBD de uma Cannabis Sativa pois até hoje apenas a Haliquem obteve uma concentração de 16 % de CBD; porém com uma concentração de THC superior a 0,05 do cânhamo o que pode deixar efeitos psicóticos indesejados em crianças e idosos.

Finalmente no lado medicinal, crianças como Anny Ficher ou Sofia, estão sendo beneficiados graças as plantações de cânhamo de Michigan - EUA que são a base dos extratos da Hempmedspx e não da maconha do Colorado ou Washington. Afinal o FDA considera o cânhamo, a semente de cânhamo bem como seus extratos e tinturas como suplemento alimentar nos 50 Estados. Inclusive pode ser exportado para outros países.  Portanto diferente do (RSO) de Rick Simpson extraído da Cannabis, é totalmente proibido enviar para o Brasil e ninguém quer arriscar perder sua licença que proibi enviar até para estados vizinhos forçando famílias se mudarem para o colorado onde é permitido !

O extrato CBD do cânhamo acabou sendo testado e provado aqui no Brasil que seu uso é eficaz para certas enfermidades como a CDKL 5 e a quantidade de CBD é o principal principio ativo desejado , ou seja , o ouro desse mercado !

Então viva ao cânhamo !

terça-feira, 15 de abril de 2014

ANVISA vai autorizar prescrição e uso de maconha medicinal no Brasil

A ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vai finalmente permitir o uso de medicamentos derivados na maconha no Brasil. A decisão foi anunciada ontem aos pais e advogados da paciente Anny Fischer, de quatro anos de idade, que utiliza o cannabidiol (CBD), um dos 60 canabinóides contidos na maconha, para controlar uma forma rara de epilepsia que provocava mais de 60 convulsões semanais.
reuniaoanvisa
“A Anvisa elaborou um protocolo novo que irá regulamentar a importação do medicamento [CBD], nos casos específicos e bem fundamentados como o da família Fischer”, contou em seu perfil no Facebook o advogado Diogo Busse, que representou a família de Anny no pleito judicial histórico que terminou por obrigar a ANVISA a autorizar a importação do medicamento.
A agência, segundo o advogado, decidiu ir  além: “irá oficiar o Conselho Federal de Medicina com a nova orientação para que os médicos possam prescrever o medicamento sem receio”. Ou seja: na prática, os médicos ficarão livres para receitar produtos derivados da maconha para pacientes que deles necessitem. 
“Percebemos que com essa medida que visava tutelar o bem mais precioso dessa família, a vida da Anny, conseguimos também sensibilizar a agência reguladora do nosso país para que muitas outras famílias possam se beneficiar dos avanços da ciência!”, comemorou Diogo Busse.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Juiz garante acesso de menina a droga com substância extraída da maconha

BRASÍLIA – Decisão liminar da Justiça Federal em Brasília, desta quinta-feira, determinou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entregue à família de uma criança com epilepsia um medicamento a base de Canabidiol (CBD), derivado da maconha. Segundo o advogado autor do pedido, Luiz Fernando Pereira, a Anvisa ainda pode recorrer, mas a substância deve ser liberada pela agência já com a decisão liminar.
Com o uso do medicamento, indicado por um médico, a menina, de quatro anos, deixou de sofrer até 80 crises convulsivas por semana. Com indicação médica, a família da menina vinha comprando o remédio – que não tem registro no Brasil – pela internet, de forma clandestina, em importações individuais. Na compra mais recente, a Anvisa reteve o produto e cobrou explicações da família, que entrou com pedido de liberação na Justiça.
A liberação pode ajudar outros pacientes no Brasil que dependam de medicamentos sem registro no país. Para conseguir a liberação do Canabidiol, o advogado da menina sustentou que o medicamento não tem registro, mas não é uma substância proibida no país. Além disso, o defensor apontou que a Anvisa dispensa registro no país para a entrada de medicamentos em caso de comprovada urgência para tratamentos, com documentos médicos.
— É o primeiro caso do Brasil (com a substância) e abre um precedente muito importante. Tenho convicção de que pode servir de referencia para outros tratamentos – afirmou Luiz Fernando Pereira, do escritório Vernalha Guimarães & Pereira.
O juiz federal Bruno César Bandeira Apolinário, da terceira vara federal do Distrito federal, que liberou a entrega do medicamento, afirmou na decisão que "a substância revelou-se eficaz na atenuação ou bloqueio das convulsões, (...) dando-lhe uma qualidade de vida jamais experimentada".
Mas, na decisão, Apolinário reforça que a liberação do medicamento não pode ser confundida com um caminho para a liberação da maconha ou de outros derivados da erva. O juiz destaca que o CBD não tem nenhum efeito psicotrópico e, por isso, não é proibido.
— É uma decisão importante. O juiz faz uma distinção importante, não se trata de uso de maconha, é uma substância sem efeito psicotrópico — reforça o advogado. — É um equívoco grosseiro considerar que o Canabidiol é um medicamento proibido. Não é aleatória a decisão da Anvisa de colocar algo na lista de entorpecentes. Ele (a substância) tem de ser alucinógena para que seja incluída na lista.
A menina sofre de encefalopatia epiléptica infantil precoce tipo 2. A doença se caracteriza por crises convulsivas e atraso intenso e global do desenvolvimento. Segundo o laudo apresentado à Justiça, há evolução para retardo mental e dificuldade de controle motor. Anticonvulsivantes convencionais não surtiam efeito no tratamento da menina. Ela também já tinha sido submetida à cirurgia para implantação de um marca passo no cérebro, sem sucesso.
Com o Canabidiol, as crises convulsivas cessaram, segundo laudos médicos justados ao processo. Para teste, o medicamento foi retirado da garota durante uma semana, o que causou o retorno das crises, que chegaram a 42 em uma semana.
“Não se pretende fazer apologia ao uso terapêutico de Cannabis sativa, (…) menos ainda da liberação de uso dessa planta pata fins terapêuticos sem ter instigado a opinião publica, a academia de medicina o poder publico e os meios de comunicação” afirma o juiz, ao dizer que a publicação de decisão poderia causar repercussão “precipitada” na opinião pública. Ele reforça que não está propondo o debate sobre o uso da maconha.
A indicação da medicação foi feita pelo médico Wilson Marques Júnior, professor titular de Neurologia do hospital das Clínincas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP.
Segundo o advogado, a família vai participar de uma reunião, na terça-feira, na Anvisa.


Fonte:  O globo